[Entrevista] Lea Michele para a Dluxe Magazine

Lea concedeu uma entrevista para a Dluxe Magazine, confiram a matéria da revista britânica:

Ela leva o crédito de ser uma das principais forças  por trás do “efeito Glee” – O programa fenômeno que trouxe o foco de volta para o teatro musical, aumentando público, audições e matrículas em escolas e clubes de teatro. Então o que Lea Michele teve que permitiu que saísse de sua caixa da Broadway e liderasse a tv aberta? A Dluxe captou o máximo da triplamente habilidosa atriz, dançarina e cantora enquanto se preparava para o próximo estágio de sua carreira, o lançamento de seu primeiro álbum solo.

Lea Michele Sarfati nasceu no coração do Bronx, com mãe italiana/americana e um pai espanhol. Ela começou a trabalhar profissionalmente ainda criança na Broadway em produções como Les Miserables, Ragtime e Fiddler on the Roof, antes de assumir o papel principal de Wendla, no musical Spring Awakening. É seu papel como Rachel Berry no sucesso Glee que vem sendo o marco em sua carreira, com duas nomeações ao Globo de ouro e Emmy entre as honras. O sucesso do programa também impactou em sua vida pessoal quando seu namorado e colega de elenco morreu tragicamente  por uma combinação de heroína e álcool num quarto de hotel em Vancouver. Seu álbum Louder foi lançado em março com o single de estreia “Cannonball”.

Q: Então você decidiu lançar “Cannonball” como seu primeiro single?

Lea: Essa música foi escrita por Sia, que é incrível. Eu estava trabalhando em outra música com ela, estávamos escrevendo juntas e conversando e ela disse “Ah, eu tenho essa música que acho que você vai gostar”, então ela saiu da sala e colocou para tocar e quando voltou eu estava tipo “Por favor me dê essa música, ela é incrível”. Tem sido uma grande inspiração para mim pessoalmente e foi inacreditável como simplesmente aconteceu de entrar na minha vida, agradeço demais a ela por isso. Não foi algo premeditado, foi simplesmente… você sabe… foi o destino.”

Q: Você teve um ano incrivelmente difícil, você acha que por isso foi tão inspiradora?

Lea: É tão encorajador e me sinto tão honrada por ser parte de um programa de TV que realmente inspira e que  sempre teve muito poder sobre nossos jovens fãs, eu sinto que embora essa música seja Lea Michele e não Rachel Berry, tem a mesma mensagem. É uma música poderosa e é isso que eu tento ser para meus fãs e para as pessoas que assistem meu programa. Simplesmente se parece comigo, amo cantar e amo a mensagem.

Q: Como foi filmar um clipe? Milhas de distâncias de sua experiência com Glee?

Lea: Meu emprego dos sonhos é ser uma diretora de vídeos musicais. Estou sempre ouvindo músicas e pensando em conceitos para os clipes. É a coisa que mais gosto de fazer, então eu estava muito animada em gravar um clipe e trazer algumas ideias. Nosso diretor Robert é incrível e chegamos nessa ideia de estar apenas num lugar bem desconfortável, se sentindo presa e claustrofóbica e finalmente encontrar a liberdade e força dentro de si mesma para chegar num lugar de esclarecimento e liberdade no final. Então acho que usando dois locais no armazém, indo para o claro, entre as paredes brancas ao ar livre foi nosso meio de ilustrar a saída daquele lugar sombrio para a luz, literalmente.

Q: Fale-me sobre a transição do estúdio de TV para o estúdio de gravação. Obviamente você cantou muito em Glee, foi muito diferente?

Lea: Bem, quando estamos gravando Glee, temos basicamente 2 minutos para fazer tudo. É tipo correr para o estúdio de gravação e rapidamente cantar essa e depois aquela música e então “ah, não, temos que gravar isso amanhã, então vamos terminar logo!”. Raramente temos tempo, pois temos muito a cumprir. Estamos sempre gravado uns 3 episódios de uma vez. Então é tipo “ah, hoje vocês estarão cantando as músicas de natal do episódio daqui há 3 semanas” então é setembro e estamos cantando “Have Yourself a Merry Little Christmas”, tentamos apenas fazer nosso melhor. Quando vai gravar um CD, você tem que ter seu tempo. Foi estranho para mim no início, eu ia para o estúdio e ficava “temos que terminar isso!” e alguém dizia “temos todo o tempo do mundo”. Então no final eu estava almoçando e depois voltando e cantando um pouco mais, foi muito legal poder simplesmente relaxar e encontrar criatividade dentro de todo o processo.

Q: Então o que você fez quanto a fazer desse álbum algo distinto entre ser um CD Lea Michele em vez de Rachel Berry?

Lea: É bem engraçado porque quando eu estava pensando em fazer esse álbum todos me perguntavam “você vai fazer músicas originais?” ou “você fará covers?” e eu pensava, “eu não acho que reste nenhum cover para fazer num álbum, já fiz todos em Glee” (risos). Mas não, são todas canções originais e minha inspirações com certeza foram Kelly Clarkson, Katy Perry e Adele. Não sei como aconteceu, mas no final realmente sinto que soa como eu. Soa como Lea Michele e acho isso incrível. É definitivamente um álbum pop, mas vem com um pouco de drama e emoção que eu sinto que transmito como cantora. Mas também é bem divertido.

Q: O álbum traz colaborações? Com quem você adoraria trabalhar?

Lea: Bem, eu trabalhei muito com Sia nesse álbum e foi incrível e Boonie McKee, que eu amo e adoro. Assim como Christina Perri, que eu acho que seja tipo, do caramba. Um, eu queria dizer um palavrão (risos), então eu disse “do caramba”, soou bem besta (risos). Mas quero dizer, sou tão fã da música, adoro encontrar novos artistas e coisas desse tipo, mas acho que minha deusa que louvo é Alanis Morisette, queria apenas me trancar numa sala com ela… E claro Barbra Streisand, mas aí é outro nível.

Q: O álbum reflete como tem sido para você pessoalmente os últimos 6 meses?

Lea: Fizemos as fotos do álbum algumas semanas atrás. Peggy Sarota quem fotografou, ela é incrível. Eu queria muito branco e preto e que fosse tipo os extremos. O álbum é muito emocional e lida com muita coisa bem intensa, então eu achei que o ensaio precisava ilustrar o mesmo sentimento e vibração. Então trabalhamos com um tipo de tensão e emoção, usando pretos e brancos, marrons e coisas do tipo. E novamente eu senti que no fim tudo saiu tão bem. Sou realmente muito sortuda.

Q: Quem é Lea Michele agora, é uma atriz, uma cantora? Qual você prefere?

Lea: Me perguntam isso o tempo todo – o que eu prefiro. Sabe, eu posso estar em Glee e fazer os dois ao mesmo tempo, então estou meio mimada ultimamente. Mas nesse momento eu estou realmente amando explorar o mundo de ser uma artista que se apresenta, uma compositora, uma artista, o que é muito divertido. Mas claro, eu realmente não quero nunca ter que escolher. Quero fazer os dois.

Q: A indústria da música as vezes pode pressionar os artistas a serem algo que não são. Está sendo difícil manter o controle de quem você é?

Lea: Ao escolher as músicas e trabalhar nesse álbum, eu me certifiquei de que tudo que nós escolhemos cantar e as músicas que escrevemos – tudo se encaixava e harmonizava bem, para ter um sentimento de bastante coesão. Tem sido uma jornada tão, tão incrível. Levou mais de um ano para terminar esse álbum, mas se tornou algo incrivelmente pessoal e significa muito para mim. É a história de um período da minha vida que também significa muito para mim, então estou muito feliz que tenho isso para o resto da minha vida agora.

Tradução: Portal Lea Michele
Matéria: Dluxe Magazine
Não retire daqui sem os devidos créditos