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[SPOILERS] LEA FALA SOBRE SOBRE A REVELAÇÃO DO RED DEVIL E PORQUE NINGUÉM ESCREVE MELHOR PARA MULHERES DO QUE RYAN MURPHY

[SPOILERS] LEA FALA SOBRE SOBRE A REVELAÇÃO DO RED DEVIL E PORQUE NINGUÉM ESCREVE MELHOR PARA MULHERES DO QUE RYAN MURPHY

O post abaixo contém MUITOS SPOILERS, caso não queira saber sobre a reta final de Scream Queens, ainda dá tempo!

O site Vulture conversou com Lea sobre o final de Scream Queens e como é trabalhar com Ryan Murphy, confiram a tradução realizada por nossa equipe:

Nos últimos meses, Scream Queens tem presenteado seus espectadores com divertidas, ultrajantes e sanguinárias travessuras colegiais. Aos poucos, foram revelados não só um, nem dois, nem três, mas quatro assassinos vagando pela Wallace University, sedentos por sangue e tripas. Enquanto o menino de ouro da Dickie Dólar Scholars, Boone, Gigi e Pete foram desmascarados como 3/4 do grupo, a pergunta na mente de todos era simples: quem era o assassino final? Como ficou revelado, o segundo “bebê da banheira” nascido na Kapa Kapa Tau nos anos 90 era ninguém menos que Hester Ulrich, também conhecida como Chanel nº 6, interpretada brilhantemente por Lea Michele. Hester, a mente por trás de tudo, foi treinada por Gigi, sua mãe adotiva, junto com seu irmão gêmeo, Boone, para vingar a morte de sua mãe, causando muitos estragos. Executando o plano perfeito, ela não só saiu impune, como está vivendo feliz como estudante integrante da Kappa – mas não sem antes perfurar gravemente seu olho com um salto 15.

Nós da Vulture passamos um tempo com Lea para discutir sobre seu trabalho em Scream Queens, como Hester é a anti-Rachel Berry e o universo de Ryan Murphy.

Vulture: Antes de tudo, quão cedo você descobriu sobre sua condição de Red Devil? E como o resto do elenco reagiu a isso?

Lea: Bem, acho que foi mais sobre o quão tarde eu descobri que seria o Red Devil (risos). Eu realmente descobri junto com todo mundo, quando o roteiro foi liberado. Estava em NY com Keke Palmer e Emma Roberts num evento para a imprensa. Perguntei se elas já haviam recebido o roteiro e Keke, sempre muito casual, soltou um “é você”. Foi uma conversa normal. No início, eu fiquei um pouco em pânico e desesperada pensando “Ai meu Deus, então eu devo morrer!” e ela me tranquilizou, “Não, você se safa”. Então isso espantou muito da minha ansiedade, porque amo muito a Hester e isso seria um excelente plot twist. Obviamente eu não queria vê-la morrer, então literalmente consegui o melhor dos dois mundos: ser o Red Devil e ver Hester escapar da culpa e sobreviver. Mas lembre-se, no fim das contas, ela de fato não matou ninguém. A única pessoa que ela realmente matou, foi Pete, e ele estava matando pessoas. Então ela era simplesmente a mente mestra por trás de tudo. Tendo tantas outras pessoas para trabalhar junto, ficou fácil pra ela culpar outros ou as Chanels. Ela contava com uma pequena munição para trabalhar e levar uma vida normal.

Vulture: Eu diria que ser a mente por trás de tudo seja mais interessante e complexo que os próprios assassinos…

Lea: Eu concordo. Se você olhar os personagens como Pete e Boone, suas tendências assassinas os tornaram verdadeiros canhões. A principal diversão para mim foi interpretar a grande mentora de tudo. Era muito legal, nunca tinha feito nada disso como atriz antes. Uma de minhas cenas favoritas foi a do memorial, com Jamie Lee Curtis, no episódio final. Havia uma intensidade muito grande na Hester e na parte final da temporada ela foi extremamente exagerada e teatral, isso foi um momento de muita firmação para a personagem. Tenho dito sempre que como atriz, esse foi o melhor papel para trabalhar minha comédia e uma chance para ser engraçada e exagerada – e então ao final, ir dez passos adiante interpretando essa pessoa realmente sombria e assassina manipuladora. Poderia ser mais legal?

Vulture: Quais eram suas teorias sobre o Red Devil antes das revelações começarem a ser feitas?

Lea: Eu estava muito, muito convencida de que era Oliver Hudson. Tanto ele sozinho, quanto junto com Grace. Mais próximo ao fim, as pessoas passaram a acreditar que fosse ou eu, ou Skyler, ou Oliver, então quando descobrimos que era eu, acho que ficaram poucos surpresos, mas realmente fechamos o cerco em alguns personagens perto do final.

Vulture: Foi uma mudança de ritmo legal para você interpretar uma personagem um pouco mais nerd e recatada naqueles episódios iniciais?

Lea: Com certeza! Eu não usava maquiagem nenhuma e aqueles eram meus cachos naturais. Eu basicamente dormia de cabelo úmido, acordava e ia gravar. Nenhuma maquiagem e roupas folgadas. Foi uma transformação muito boa para mim, vindo de sete anos interpretando Rachel Berry, para interpretar uma esquisita com um toque de anos 90 e Hello Kitty.

Vulture: E o colar cervical da Hester é fabuloso! 

Lea: (Risos) Eu não era muito fã, quando vi que ele estaria de volta, soltei um “nããããããããão”. Pelo menos eles o tornaram brilhantes.

Vulture: Você sentiu que sua postura melhorou por ter usado muito o colar cervical?

Lea: Ugh, não. Era muito doloroso. Não era um alinhador de coluna. Era mais como “hey, preciso de centenas de massagens”. Era um objeto de tortura, nada confortável. Mas era pelo amor ao meu trabalho! Você faz o que for preciso. Definitivamente valeu o sofrimento no fim das contas.

Vulture: Eu seria negligente se não mencionasse que as roupas das Chanels eram fantásticas. Você teve algum acesso ao departamento de figurinos?

Lea: Claro que os figurinos eram exagerados, mas nosso departamento é absolutamente fantástico em criar aqueles looks para as garotas, além de obviamente haver a influência de Ryan Murphy nisso. Por exemplo, Abigail usava muitas saias lápis e Billie mini saias, então eu ficava querendo saber como seria meu figurino. Usamos muitos vestidos e saias com blusas mais apertadas – Nada parecido com Rachel Berry. Eu pessoalmente sou bem minimalista quando se trata de acessórios, então o maior desafio foi usar a quantidade correta deles. Emma e eu fizemos uma promessa entre nós no começo das gravações. Dissemos que quando estivéssemos com uma aparência louca demais, iríamos pro canto e diríamos “meu Deus, garota, você está com uma aparência loooooouca!”. (Risos) E então teríamos que nos trocar.

Vulture: Narrativamente, a série atingiu um ótimo balanço entre zoar o sistema como um todo e trazer preocupações válidas sobre seu lado sombrio.

Lea: Sim. No fim das contas, nosso programa é uma comédia. O que Ryan Murphy realmente faz bem em todos os seus trabalhos e fez muito em Glee, é que ele corre riscos, mas sabe como controla-los de uma forma que ficam bem dosados no humor, sem tomar um tom muito político sobre tudo. No final, a série é simplesmente sobre o empoderamento feminino e garotas sendo fortes. Há uma fala no final da temporada que diz simplesmente “garotas são as melhores”. Trata-se de garotas fortes. Ninguém sabe escrever melhor para mulheres que Ryan Murphy. Como homem, ele representa as mulheres de uma forma muito bonita e as apresenta de uma forma incrível. Então como atriz, poder atuar num programa construído para nós é algo realmente inacreditável.

Vulture: O que me impressiona sobre Gigi, Boone e agora Hester e Pete, é que ainda é fácil de simpatizar com eles, apesar de seus atos horríveis.

Lea: Isso é mais uma coisa incrível sobre todo o enredo. Há tantas camadas em todas essas personagens, mesmo Chanel. Há momentos em que você está muito assustado com seu comportamento, mas de repente ela faz algo que te faz simpatizar imediatamente com ela. E isso é mais um exemplo do quanto a escrita é boa. Apesar de a série ser altamente cômica e teatral, a ilustração de um excelente time de roteiristas é que conseguem escrever personagens multi facetados, que por um lado são totalmente terríveis, mas por outro, te fazem simpatizar e ama-los.

Vulture: No fim da série, Hester diz que seu reinado do terror está encerrado. Você acredita nela?

Lea: Sim, realmente acredito. Ela realizou tudo aquilo que queria conquistar e tomou conta de seus planos. Teremos que ver se vamos ter a sorte de conseguir uma nova temporada, então acredito que assim descobriremos o que vai acontecer. Mas acho que ela está realmente feliz com relação a como tudo acabou e o que ela fez.

Vulture: Em termos pessoais, o que você achou mais gratificante como atriz trabalhando com Ryan Murphy por todos esses anos?

Lea: Ai meu Deus, por onde começo? Isso nos leva de volta ao que eu já disse antes – ele é incrível na arte de escrever personagens para as mulheres. Tive a honra de estar em Glee por seis temporadas e então ter a oportunidade de entrar em outro trabalho seu e interpretar uma personagem totalmente diferente. A escrita dele é muito progressiva e inteligente. Como atriz, esse tipo de oportunidade representa uma chance em um milhão. Estar num programa com excelente roteiro, ótimas personagens e um elenco maravilhoso – honestamente, não dá pra pedir por nada mais. Já venho dizendo isso por muitos anos: Ryan é o presente e o futuro da televisão. Ele, nesse momento, está lá fora com todos os seus trabalhos, continuando a ser inovador e inteligente. Ainda assim, vocês não sabem as coisas incríveis que ele tem debaixo da manga. Qualquer um gostaria de estar onde a inovação está crescendo e se criando, é onde eu quero estar. Quero estar exatamente onde tudo isso acontece e esse local é com Ryan Murphy. Então, me considero incrivelmente abençoada por conhece-lo e fazer parte de sua família.

Tradução e Adaptação: Lea Michele Brasil

NÃO retire daqui sem os devidos créditos.

Written by Lea Michele Brasil