Lea Michele Brasil

Sua única fonte sobre Lea Michele.

Bem vindos ao Lea Michele Brasil, sua fonte online dedicada à atriz e cantora Americana, Lea Michele. Talvez você conheça Lea por seus papéis em "Glee", "Spring Awakening" e mais. É nosso dever trazer a vocês as últimas notícias, fotos, informações e muito mais sobre a carreira de Lea Michele. Espero que vocês gostem!

Novos trechos de  Brunette Ambition

Novos trechos de Brunette Ambition

Saíram mais alguns trechos de Brunette Ambition, em que Lea fala um pouco sobre como sua historia começou, sobre o Cory e como foi o dia em que ela conheceu a Barbra. Confiram abaixo:

Eu tenho sido muito sortuda na minha vida – em Glee e além do programa – por ter um sistema de apoio incrível que são todos vocês, que realmente fizeram dessa uma viagem maravilhosa e eu certamente não estaria onde estou sem vocês.

Este livro é a história de como eu cheguei onde estou hoje, e como esta incrível e inesperada jornada tem sido. Minha esperança é que vocês encontrem alguém nele que os inspire, motive e faça com que perceba que qualquer coisa que você queira realizar em sua vida é completamente possível.  Afinal de contas, com um pouco de sorte e um monte de trabalho duro eu consegui fazer muitos dos meus sonhos se tornarem realidade.

Eu queria agradecer especialmente ao meu maior fã, Cory, que leu quase todos os capítulos desse livro. Ele também era tão agradecido por todo o apoio que tive de todos vocês. Ele vive muito nessas páginas: não só me deu toneladas de feedbacks práticos em termos de notas e edições, como também brilha através de tudo o que eu tenho feito na minha vida e tem sido uma fonte incrível de amor e inspiração. Eu não poderia ter feito esse livro sem ele.

Acredito firmemente que de onde você vem faz você ser o que é – e que, quando você valoriza suas raízes e se concentra em como elas te distinguem, melhor será sua chance de se tornar o melhor de si. Felizmente o mundo está se tornando mais e mais sintonizado com a singularidade, valorizando tudo aquilo que nos faz um pouco diferentes – então ignorar as peculiaridades que fazem você se destacar é um erro. Eu nunca tentei me colocar em uma caixa, ou me “encaixar” porque eu realmente sempre soube apenas como ser eu mesma. Acho que isso se deve ao fato de que meus pais sempre fizeram com que eu tivesse muita confiança em mim mesma e constantemente me asseguraram  que eu era maravilhosa do jeito que era. Tenho tanto orgulho de quem eu sou e eu devo tudo isso a minha família. Eles são a essência do meu ser e o alicerce da minha história.

E a minha história começa no Bronx, onde eu nasci, de um pai Judeu e uma mãe Italiana. Meus pais se conheceram quando eram adolescentes no playground da vizinhança. Imaginem isso: meu pai, com um cabelo judeu afro gigante, chegou na minha mãe em seus patins e sugeriu que ela cheirasse seu cabelo. Essências herbais eram a última novidade e ele achou que estava causando uma excelente impressão. Aparentemente fez mesmo, porque estão casados por mais de 30 anos.

Apesar de eles terem teoricamente crescido na mesma vizinhança, meus pais não poderiam ser de mundos mais distintos. Meu pai vem de uma pequena e tradicional família judia, enquanto minha mãe é de um imenso clã italiano (eu tenho 19 primos mais novos só de um lado da família). Meus pais são mais complementares que similares – mas são melhores amigos, independente de qualquer coisa. Minha mãe é uma enfermeira aposentada e herdei meu lado emocional e carinhoso dela, assim como minha habilidade de superar momentos difíceis. Ela não teve sempre momentos fáceis. Sua infância foi extremamente dura: ela perdeu 3 de seus 6 irmãos, por exemplo. E depois não foram tudo rosas também: quando ela tinha 19 anos, foi diagnosticada com câncer de útero. Mas enquanto ela tinha todas as razões para ficar chateada pelas coisas que estava passando, nunca se fez de vítima. Ela é a mulher mais amorosa, cuidadosa e forte e sempre está cuidando de todo mundo.

Por outro lado, meu pai, um proprietário de delicatessen, que é incrivelmente trabalhador, está sempre apressado. Ele é também um piadista e faz graça de tudo. Dele herdei minha ética profissional e sua habilidade de criar algo do nada. Quando eu estava no ensino médio, ele vendeu a delicatessen e comprou uma nova propriedade, isso melhorou muito nossas vidas: ele é um desses caras que sempre vã atrás do que querem e nunca pensariam em esperar passivamente a oportunidade bater na porta. Ele vai encontrar alguém numa festa e fechar um negócio 20 minutos depois; quando dividimos um box com o Slash no Super Bowl, ele se armou com tanta força quanto um backing vocal do Guns N’ Roses (ele não tem experiência vocal nenhuma, mas estava convencido de que deviam colaborar), eu realmente achei que o Slash poderia abrir espaço para ele na banda. Quer ele esteja sério ou brincando, meu pai leva a vida sem medo e não tem vergonha de se mostrar para o mundo. Sua filosofia é a de que ninguém irá atrás de você implorando pra que você aceite um emprego (ou no meu caso, um papel). Eu aprendi a me manter pé no chão com ele. Por conta disso, se você vier me encontrar, pode pensar que eu realmente não tenha um emprego. Eu estou sempre me mostrando, nunca estou conformada, nunca sou passiva, estou sempre procurando uma nova oportunidade. Meu pai me ensinou como me impulsionar.

Quando eu tinha 4 anos, meus pais decidiram que não queriam que eu fosse sufocada pela vida na cidade, então nos mudamos do Bronx para uma área mais rural em New Jersey. Foi lá que uma bizarra, mas maravilhosa virada do destino me fizeram entrar para a Broadway. O termo “pais do palco” faz minha pele arrepiar, mas meus pais eram exatamente o oposto do cliché. Para começar, isso nunca foi parte do plano deles. Eles nunca imaginariam em milhões de anos quando eles tiveram Lea Michele Sarfati em 29 de agosto de 1986 que ela trabalharia na Broadway e entraria para um programa de TV em Los Angeles.

O DIA EM QUE CONHECI BARBRA  

Em janeiro de 2011, Barbra Streisand foi homenageada nos Grammys, e como é a tradição, o evento beneficente MusiCares foi em sua homenagem algumas coisas antes da cerimônia. Eu fui convidada pra cantar, já que meu amor por Barbra é muito conhecido, o que era excitante. Havia uma infinidade de músicos incríveis no evento, que estavam todos fazendo interpretações de suas canções: Faith Hill, Stevie Wonder, Seal… e então eu cantei “My Man” de Funny Girl, que é a minha música favorita do mundo inteiro. E lá estava ela na platéia, bem na minha frente. Eu estava incrivelmente nervosa, não havia nada que pudesse ter me preparado para cantar na frente do meu ídolo, mas eu estava tão honrada e feliz por estar no palco que acabei fortalecendo durante a performance. Eu estava esperando conhece-la naquela noite, mas ela estava cercada por um mar de gente e quando eu fui fazendo meu caminho até ela, sua equipe a levou pra longe. Eu percebi que tinha perdido a minha chance, para sempre. Eu estive no Grammy algumas noites depois, porque estava apresentando um prêmio; Barbra cantou quatro músicas naquela noite, e “Evergreen”, que eu amo, foi uma delas. Era a primeira vez que eu havia a escutado cantar ao vivo. Deixei o evento cedo, para evitar a agitação do estacionamento, e eu estava ali, calma antes da tempestade esperando pelo meu carro quando senti um toque em meu ombro. Eu virei, e era Barbra. E ela disse “Eu só queria agradece-la por me apresentar para a sua geração.” E eu dei um grande abraço nela e disse que eu achava ela maravilhosa, e então ela olhou pra mim e perguntou “Eu soei bem esta noite?” E eu disse, “Você foi incrível.” E foi isso. No minuto em que ela foi embora, eu comecei a chorar histericamente. As vezes você conhece seus ídolos e eles não atingem suas expectativas, mas aquele momento foi um dos melhores da minha vida. Assim que meu carro chegou, eu liguei para o Ryan Murphy para contar a ele que estava tudo acabado: Eu havia conhecido Barbra e não precisava mais estar nesse mundo do entretenimento. Todos os meus sonhos haviam se tornado realidade. Em novembro passado, Chris Colfer e eu fomos vê-la no Hollywood Bowl, com Dante Di Loreto, um dos produtores de Glee. Era uma bela noite para sentar embaixo das estrelas e ouvir Babra; ela soava tão lindamente e parecia tão relaxante. Chris e eu ficamos de mãos dadas o tempo todo e eu chorei, especialmente quando ela cantou “Happy Days Are Here Again”, música que eu e Chris cantamos juntos e performamos durante todos os shows da Glee tour. No fim do show, Chris queria que nós fossemos ao backstage para dizer oi, mas eu não queria estragar o momento perfeito em que conheci Barbra nos Grammys. E mais, a simples ideia de estar em sua presença me faz ficar incrivelmente nervosa. Então eu amarelei. Algumas semanas depois, eu chequei meu e-mail e Barbra havia me enviado uma cópia da programação daquela noite com uma nota que dizia “Obrigada por vir ao meu show, queria que você tivesse vindo ao backstage, eu gostaria de ter te dado um abraço.” E então, eu realmente morri.

  Tradução: Portal Lea Michele
Não retire daqui sem os devidos créditos

Written by Lea Michele Brasil