O EW publicou uma matéria sobre a participação de Lea na série de ficção científica Dimension 404. Confiram:
Você já ouviu Lea Michele cantar! Você já a viu gritar! Agora, assista sua viagem através dos planos cósmicos do espaço e tempo!
Lea é a estrela surpresa da estreia de Dimension 404, do Hulu, uma nova antologia de comédia e ficção científica, que estreou na terça. O programa, que definitivamente traz alguns traços engraçados de Black Mirror e The Twilight Zone, escalou a atriz para viver a suposta alma gêmea de um solitário blogueiro musical (Robert Buckley) na estreia de uma hora dedicada a falar sobre os segredos maliciosos por trás de um fictício serviço de encontros.
Sim, Dimension 404 marca a primeira inserção da atriz dentro de todos os gloriosos adjetivos que fazem parte do gênero sci-fi, mas Lea diz que esse na verdade é seu papel mais realístico depois de anos nas brincadeiras de Glee e Scream Queens (que ainda tem seu futuro indefinido).
Há um impulso vertiginoso por traz dos 30 anos, enquanto Lea flutua em direção ao próximo estágio de sua carreira, que inclui um novo piloto da ABC, comandado pela estrela de Hamilton, Daveed Diggns (na qual ela interpreta uma política) e seu segundo álbum, Places (que será lançado em 28 de abril) e parece ser seu projeto com mais paixão até agora. Considerem a experiência dela em Dimension 404 como apenas a primeira de uma série de projetos que desafiarão as “dimensões” de seus fãs.
EW: Então, como você se envolveu numa série de ficção científica?
Lea: Quando me enviaram o roteiro, fiquei muito animada. Acho que D404 é uma grande ideia, meio que seguindo os passos de Black Mirror. Acho que o conceito de fazer episódios isolados com muitas histórias é uma coisa que muitas séries irão seguir – “Easy” é outro show que faz isso muito bem – mas ainda assim, ligados sempre a um mesmo tema. Então, gostei da ideia de estar envolvida num projeto em que cada episódio é como um mini filme por si só. Nunca fiz nada de ficção científica antes e principalmente com comédia, então para mim o conceito pareceu bem interessante. Mas mais do que tudo, gostei da ideia da personagem. Ela é muito doce, vulnerável e apegada e acho que diante do material reforçado que venho fazendo por um tempo, isso meio que fez sentido para mim… Vindo de um mundo de grandes produções, foi legal fazer algo um pouco mais reduzido. Mantivemos tudo muito simples e para mim, era algo que eu não podia ter nos últimos anos.
EW: Como você descreveria sua relação com a ficção científica em geral?
Lea: Não sou uma pessoa muito obcecada por ficção científica. Quando era menor, lembro que Alien foi um dos primeiros filmes que assisti na vida, mas claro que ele tem um pé no terror. Amo filmes de terror. São absolutamente meus favoritos, mas com certeza gosto de ficção científica. Assisti Black Mirror e fico louca, é doido, porque consigo encarar algo como “O Exorcista” numa noite de domingo, mas Black Mirror simplesmente me persegue em pesadelos.
EW: Qual episódio?
Lea: Quando eles estão em Londres e fazem o primeiro ministro ter relações sexuais com um porco (“The National Anthem”). Meu Deus, foi muito perturbador. Mas eles têm tantas pessoas incríveis nesse episódio e é um programa tão incrível, que fazer parte de um programa que meio que segue esses passos das séries de antologia é realmente muito legal.
EW: Seu episódio em Dimension 404 é sobre aplicativos de relacionamento, que são difíceis de serem ignorados, quer você faça parte de um ou não. De que forma você já viu esse tipo de app causar estragos na vida de seus amigos?
Lea: (Risadas) Sério? Acho que esses aplicativos de relacionamento, quer sejam negativos ou positivos, estão remodelando o aspecto geral dos encontros para esse século ou geração. Não sou uma dessas pessoas e nem planejo ser, mas você pode sentir totalmente como eles estão mudando as coisas. Acho que há tanta acessibilidade a pessoas hoje em dia, no bom e mal sentido. No geral, os considero um pouco negativos, mas tenho certeza de que as pessoas têm muitas boas experiências com eles. Talvez eu considere negativo porque não os utilizo? (Risadas). Mas é muito interessante. Esse mundo, desde as mídias sociais aos aplicativos de namoro, está realmente mudando o jogo e esse tipo de tecnologia terá um grande efeito nos relacionamento em geral. Acho que nosso episódio toca bem no assunto, porque há algo a ser dito sobre essa conexão pessoal. Sim, há uma parcela de pessoas que saem dessas experiências com um par, mas não há nada como confiar no destino e acreditar que você pode encontrar a pessoa certa ao cruzar a esquina.
EW: Você preferia viver num futuro cheiro de tecnologias úteis ou uma vida simples em alguma época da história?
Lea: Me leve de volta aos tempos em que você teria que escrever cartas de amor que levariam semanas para serem entregues e seriam lidas e relidas sem parar. Esse romance real, verdadeiro, não quero acreditar que se acabará. Definitivamente não acho que gostaria de ser levada para o futuro.
EW: Vamos falar sobre seu novo album, Places.
Lea: Estou tão apaixonada por essas músicas, pelo álbum inteiro. Com meu álbum anterior, a que tenho muito orgulho, foi tudo durante um momento muito intenso da minha vida – obviamente pessoal, mas também profissionalmente, com Glee – e foi muito difícil promove-lo, por ambas as razões. Muitas das músicas eram extremamente pessoais e eu simplesmente não tive tempo. Então dessa vez, estando num estágio diferente da minha vida – pessoalmente, mas também desfrutando da liberdade mental, sem estar cantando e dançando na TV ao mesmo tempo – tenho a energia e empolgação da minha vida atual para falar de todas as músicas, o que significam para mim, como se conectam com minha vida e como são pessoais. Nesse estado, posso fazer tudo o que não consegui com meu último álbum e com essas músicas.
EW: O que está te empolgando nesse momento em sua carreira? Você sente a demarcação de um novo capítulo?
Lea: O caso é: quando você sai de um fenômeno na TV, filme ou qualquer coisa em que esteja envolvida e seja no nível de Glee, Harry Potter, Crepúsculo – quando você é parte de algo que simplesmente causa tanto impacto não só no entretenimento, mas no mundo – tipo, nós tivemos mais singles estourados que Elvis, The Beatles e Michael Jackson juntos e se não me engano, encontramos Oprah e o presidente um dia desses. Então há uma infinidade de coisas que vêm no pacote quando você encerra um projeto desse nível, incluindo alguns desafios. Para mim, é muito gratificante continuar a trabalhar e tenho o apoio de uma base de fãs maravilhosa, quero apenas que as pessoas continuem sabendo onde estou e o quanto sou grata por isso. Sempre me segurarei em Glee e tudo o que o programa trouxe pra minha vida, é por isso que inclui músicas da série no meu show, porque tenho muita gratidão por ela. Definitivamente, é um novo capítulo para mim. Tenho 30 anos. Esse álbum tem muita maturidade e isso está ok para mim. Também tem elementos leves e divertidos, mas na verdade é totalmente sobre esses últimos anos de minha vida e onde estou atualmente.
EW: O que você pode dizer sobre seu novo piloto na ABC?
Lea: Nós o concluímos e estou muito animada. Espero que vingue. É a reunião de um incrível, vibrante, jovem e talentoso elenco. Brandon Micheal Hall está no comando nesse programa incrível escrito por Jeremy Bronson e temos Daveed Diggs, de Hamilton, como produtor, mas também escrevendo canções para finalizar cada episódio. Tem aquele incrível lado político, mas também comédia e maravilhosos elementos musicais. Reúne todos os elementos de algo que eu considero extremamente voltado ao entretenimento. O processo me lembra muito Glee. Quando começamos, sabíamos que estávamos embarcando em algo especial, mas único ao mesmo tempo e é justamente o que sinto com esse projeto. É muito especial e espero que as pessoas gostem e vá para frente, porque acredito muito nele.
EW: Você participa dessas músicas no final?
Lea: (Entre risadas): Não! Estou lá simplesmente sentadinha e sendo linda dessa vez.