Confira abaixo a entrevista traduzida da Lea para a Teen Vogue, em que ela fala sobre seu novo livro, Scream Queens, irmandades, auto-cuidado e de sua melhor amiga no set, Emma Roberts:
Lea Michele mal pode esperar para 22 de setembro. Ela repete isso várias vezes ao longo da nossa conversa por telefone. E quem pode culpá-la? Não será apenas a estréia de Scream Queens, mas também o dia em que o seu segundo livro chega as prateleiras das livrarias.
You First: Journal Your Way to Your Best Life – uma continuação de seu livro de memórias, lançado no ano passado, Brunette Ambition, que foi best-seller – é parte diário, parte livro de auto-ajuda, e todos os tipos de inspiração. Claro que, se qualquer celebridade de vinte e poucos anos está qualificado para dar conselhos, é a Lea. Dentro e fora da tela, a atriz sofreu mais experiências de vida em sua carreira relativamente breve do que veteranos com o dobro de sua idade.
Faltando pouco para o grande dia, conversamos com a estrela sobre como é a vida no set de Scream Queens, se ela já pensou em se juntar a uma irmandade, e como fazer seu diário mudou tudo.
Teen Vogue: Quando você começou a escrever em seu diário?
Lea Michele: Minha jornada escrevendo em diários é bem longa. Eu estava na Broadway com meu melhor amigo, Jonathan Groff, e ele sempre ficava em seu camarim uma hora extra após o show para escrever sobre a noite. No início, eu fiquei tipo: “Você não está cansado? O que você está escrevendo? Nós fazemos o mesmo show toda noite!”. Mas depois de algum tempo, comecei a compreendê-lo, porque ele era capaz de processar tudo o que estava acontecendo ao escrever. Nossas vidas estavam mudando muito rapidamente, e o show se tornou super bem-sucedido realmente muito rápido.
Fui a inspirada a escrever em diários por ele, mas tomei um rumo diferente. Comecei a escrever os meus objetivos e sonhos em um espaço que era seguro e sem julgamento. Um monte de pessoas sabe que eu vim de Nova York e sempre me disseram que eu não era bonita o suficiente para a televisão e que eu precisava operar o nariz para conseguir um papel. Meu diário tornou-se a área onde eu poderia escrever as coisas e ninguém poderia me dizer isso ou aquilo. Eu vi que as coisas que eu estava escrevendo estavam se tornando realidade. Eu realmente acredito no poder de escrever as coisas e na energia positiva que isso trás. Ao longo dos anos, isso tornou-se uma grande fonte de sucesso para mim.
Quando meu editor e eu estávamos discutindo meu segundo livro, eu queria que fosse um diário. Meu primeiro livro, Brunette Ambition, é uma espécie de livro tudo-em-um. Este é um grande passo para os meus leitores, porque lhes dá uma oportunidade de colocar tudo em prática.
TV: De primeira, colocar para fora as coisas do seu coração em uma página pode parecer um pouco bobo. Como fazer com que esse sentimento passe?
Lea: Eu ficava muito intimidada por uma página em branco, e era por isso que eu não escrevia. É bom ter um espaço onde você pode se guiar, fazer perguntas abertas, eu realmente acho que isso alivia muito a pressão. O livro vai ajudá-lo a abrir a sua mente e abrir seu coração para novas coisas que você tem dificuldades.
TV: Quanto tempo você gasta escrevendo em seu diário?
Lea: Para mim, não é sentar-se todas as noites e escrever. Eu não gosto de colocar pressão sobre mim mesma dessa forma. Eu mantenho o meu livro sempre comigo, para eu escrever quando me sentir inspirada. Porque assim, sempre o terei na mão se eu quiser abri-lo e escrever como estou me sentindo.
TV: Que outro tipo de auto-cuidado que você tem?
Lea: O auto-cuidado é o meu número #1. Permite-me fazer o meu trabalho melhor. Sem ele, eu não poderia fazer o meu trabalho e estar na frente de uma câmera a cada dia. Não é nenhum segredo que ser ator tem prós incríveis, e contras realmente difíceis as vezes. Para ser capaz de começar cada dia com uma mente forte, positiva e clara, auto-cuidado é o meu número #1. Eu trabalho, eu como bem, eu passo o tempo com a família e amigos de uma maneira positiva, eu me cerco de um círculo muito forte e saudável de pessoas. Eu medito. Eu sinto que todas essas coisas combinadas permitem-me a me sentir feliz e forte, e ser a melhor atriz, filha e amiga que eu posso ser.
TV: Obviamente o livro teve um grande impacto sobre seus fãs. Qual livro teve o maior impacto sobre você?
Lea: Oh, boy! Bem, eu adoro ler. Eu estou no trabalho o dia todo, e eu estou sempre interpretando uma personagem. Então eu adoro sentar e ler, porque isso leva o meu cérebro a um outro lugar e me ajuda a passar o dia. Eu adoro ler livros sobre as mulheres no mesmo campo em que estou e eles me inspiram muito. Eu li o livro de Tina Fey, o livro de Amy Poehler, o livro de Lena Dunham. Agora, há um renascimento acontecendo na televisão com mulheres que são únicas e forte. Como Mindy Kaling – eu sinto que ela e eu tivemos pessoas que dissersam coisas semelhantes a nós ao longo dos anos, e agora aqui estamos nós, em um lugar de sucesso maravilhoso, apesar de tudo isso que as pessoas nos disseram ao longo do caminho. Nós aceitamos nossa singularidade e isso nos ajudou a chegar onde estamos agora.
TV: No ano passado, você foi de uma série enorme – Glee – para outra. Como é esse conjunto e essa dinâmica diferente no set se Scream Queens?
Lea: Esta tem sido até agora a experiência mais incrível. Vindo da família Glee, que foi um maravilhoso grupo de pessoas, nós passamos por muita coisa nesses sete anos de show e nossa vida mudou drasticamente. Em Scream Queens, todo mundo já teve seu próprio nível de sucesso. Uma coisa em que Ryan Murphy é incrível – além de escrever e dirigir e tudo mais – é em escolher o cast. Ele chamou um grande grupo de meninas. Nós nos tornamos muito próximas e de uma forma muito favorável e boa. Estamos longe de nossas famílias em Nova Orleans, e isso ajudou todo o processo. Estou muito agradecida.
Eu amo a Emma Roberts. Eu sabia que entrando nessa série nos tornariamos ótimas amigas. Mas ela é honestamente apenas a melhor. Eu sei que nós vamos ser amigas para a vida toda.
TV: Como você se preparou para um papel como o de Hester Ulrich, de cabelos crespos e com uma escoliose?
Lea: Eu já assisti todos os filmes assustadores que existem, então eu acho que toda a minha vida me preparei para este papel. Para mim, o colar cervical faz 90% do trabalho. A parte mais difícil é não deixá-lo ir muito além, e encontrar um equilíbrio delicado entre o que é engraçado e o que é realista. O guarda-roupa, o colar cervical, a falta de maquiagem, o cabelo natural – isso tudo ajuda a entrar na personagem de Hester.
TV: Você não sabia nada irmandades antes de entrar na série?
Lea: Nem um pouco. Eu sou de Nova York e eu estive na Broadway a maior parte da minha vida. Eu, pessoalmente, nunca tive o desejo de fazer algo assim, mas essa é a grande coisa de ser uma atriz.
TV: Alguma última palavra?
Lea: Tem sido tão difícil ficar de boca fechada sobre esse show. Estamos com a metade da temporada feita, e um monte de pessoas morrem. É uma loucura – recebemos o roteiro pelo correio, e eu pulo direto para o final do script para ver quem ainda está lá e quem não está. Eu estou tentando tanto não dizer nada, mas eu apenas estou tendo o melhor tempo. Acho que as pessoas vão absolutamente adorar.
Tradução: Lea Michele Brasil / PLM
NÃO retire daqui sem os devidos créditos