O The Boston Globe conversou com Lea por telefone para falar a respeito de seu novo álbum, Places, que foi lançado nessa sexta, dia 28 de abril. Confiram:
Os anos 90 tiveram sua grande contribuição no quesito cantoras poderosas e com habilidade de capturar o público jovem com baladas simples de amor – Celine Dion, Mariah Carey e Whitney Houston entre elas.
Mas a não ser por Adele e um punhado de algumas outras, essa fatia da torta musical tem tido desfalque na geração do Itunes: as mulheres sérias, em trajes formais – sem trajes esquisitos, sem adereços, sem invenções – com a habilidade de atingir corações da multidão escolar e colegial, sem nenhum traço de ironia hipster.
Entra então Lea Michele, a aluna de “Glee”, com um maravilhoso par de pulmões, uma inclinação para suspensórios e uma base de fãs massiva. A torcedora do Patriots se apresentará no Boston’s Shubert Theatre em 3 de maio.
Lea provavelmente é mais conhecida por sua interpretação como Rachel Berry, no sucesso da Fox, “Glee”.
Nas 6 temporadas do programa, focada no conceito sobre os desajustes dos clubes do coral nas escolas, se tornou um fenômeno cultural, com mais prêmios do que poderia caber nessa matéria. O elenco vendeu mais de 10 milhões de singles.
Lea se colocou nos holofotes da carreira solo primeiramente em 2014, com seu primeiro álbum, “Louder”, lançado no ano seguinte à morte de seu namorado e companheiro de elenco em “Glee”, Cory Monteith.
Esse álbum – que estreou como número 1 no Itunes e chegou ao top 5 da Billboard – trouxe algumas trilhas marcantes, que muitos enxergaram como uma nova luz. Ele também provou que Lea poderia se sustentar sem um elenco de apoio – sua voz solo era, claramente, um poderoso transporte para a emoção.
Seu segundo album, “Places”, lançado nessa sexta, mostra Lea em sua própria essência como artista solo – menos Katy Perry, mais Barbra Streisand – e se reconectando com suas raízes da Broadway.
“Para mim, foi tudo sobre levar o tempo para sentir como eu queria que o álbum soasse”, disse Lea em uma entrevista por telefone, em sua casa em Los Angeles.
“Estávamos gravando 10 músicas no estúdio por semana em Glee (de gêneros diversos), então já era uma grande tarefa, depois de terminar a série, focar em como eu queria soar fora desse universo.”
Enquanto seu primeiro álbum era mais pop, o segundo tem peso em seus vocais dramáticos poderosos: “Tirei um tempo para pensar o que era verdadeiro para mim. Esse álbum representa os sons que nasci para fazer – teatral, dramático. Me inspirei muito em Barbra Streisand”, disse Lea.
Ela também retirou muita inspiração de Stevie Nicks.
“Ela tem sido realmente maravilhosa para mim, uma constante fonte de inspiração. Uma artista tão talentosa. Ela me deu um livro de artes há muito tempo, que eu folheio de vez em quando. Sempre volto para ele. São fontes de motivação.”
Amanda Berman-Hill, uma executiva da Columbia Records que trabalhou com Lea em “Places,” diz: “quando estávamos selecionando as músicas para esse álbum, eram todas canções que vieram mais naturalmente para Lea.”
“Se trata de deixar sua voz brilhar, sobre seus vocais. Acabou sendo um pouco mais instrumental que uma produção focada mais no pop. É muito verdadeiro com o coração dela, suas histórias estão nessas músicas. É a jornada que Lea vem trilhando nos últimos anos e remonta de onde ela veio”, Continuou Amanda.
A música inicial do CD, “Love is Alive”, é exatamente o tipo de balada poderosa acompanhada de um piano que Celine Dion poderia ter gravado nos anos 90, enquanto “Heavy Love” mostra um lado mais esfumaçado de Lea.
Amanda diz que o álbum é forte em músicas de autores com “grandes notas e melodias difíceis e que ficaram felizes em da-las a alguém que faça justiça a elas.”
O título se refere à antiga direção do palco: “Queria que esse álbum tomasse suas raízes da Broadway”, disse Lea.
Lea Michele Sarfati nasceu no Bronx em 1986, filha única de Mark David e Edith Sarfati. A família se mudou para Tenafly, N.J, quando Lea tinha 4 anos. Sua experiência na Broadway começou muito nova: sua primeira audição – e contratação – foi para o papel da jovem Cosette em “Les Misérables”, aos 8 anos. Ironicamente, ela só fez a audição porque foi acompanhar uma amiga e acabou participando apenas por diversão.
Mesmo ainda tão jovem, ela se apaixonou instantaneamente pelos palcos.
“Senti como se eu meio que fosse destinada a estar no palco. Foi incrível, um dos melhores sentimentos do mundo”, disse Lea.
Enquanto não estava no Glee Club da Tenafly High School, Lea participou do coral, volleyball e debate. Também trabalhou meio período na delicatessen de seu pai. Ela foi aceita na New York University’s Tisch School of the Arts, mas optou por continuar trabalhando profissionalmente.
“Glee” foi seu primeiro sucesso na TV. E quanto a seu momento favorito na série?
“Essa é a pergunta mais difícil a ser feita. Tivemos tanto momentos incríveis para escolher apenas um. Fomos um fenômeno pop. Encontramos pessoas incríveis, fizemos enormes shows. Sou muito grata por essa experiência.”
Tradução: Equipe Lea Michele Brasil
NÃO retire sem os devidos créditos