Como a jornada de vida de Lea Michele a guiou até Places

É praticamente impossível não se impressionar com Lea Michele.

Mesmo que você não se considere um Gleek ou nunca tenha ouvido sobre Spring Awakening, só uma pequena olhada na história de vida de Michele – particularmente nos últimos três anos e meio dela – é o suficiente para se ter esse sentimento.

Quatro anos atrás, além de ser conhecida como uma atriz da Broadway ela se tornou a estrela da série da FOX Glee, que se tornou um dos shows mais falados do momento, Michele foi uma das metades do adorável casal das telas que também chegou a ser verdade na vida real.

Então quando Cory Monteith faleceu de overdose em julho de 2013, o que ainda parece irreal nos dias de hoje, o nosso coração se apertou por ela, quem nem ao menos pode se distrair enquanto trabalhava já que Rachel Berry teve que lamentar a perda de Finn Hudson nas telas também.

Depois de namorar Monteith por quase dois anos e então receber de repente uma ligação na noite de julho de 2013, dizendo que ele se foi, basicamente qualquer reação de Michele teria sido completamente aceitável.

Se ela não quisesse nunca mais falar sobre ele, tudo bem. Se ela quisesse falar sobre Cory em cada chance que ela pudesse, para tudo e todos – tudo bem. Se ela começasse a namorar no dia seguinte, isso seria problema dela. Se ela nunca mais quisesse olhar para outro homem no futuro, completamente compreensível também.

Qualquer que fosse a experiência pessoal de Michele, ela não teve outra escolha do que fazer isso publicamente. Todos os olhos estavam sobre a “namorada viúva”, um papel que ela nunca poderia ter imaginado que ela teria que interpretar.

“Se você sorri é como, ‘Ela está tão feliz’ e se você parece triste, eles dizem, ‘Ela está horrível’. É só realmente difícil”, Michele descreveu a experiencia no programa da Ellen em dezembro de 2013. Quando perguntada sobre como foi voltar para Glee sem Monteith, ela disse que isso foi definitivamente difícil mas melhor do que pode parecer para os outros.

Michele disse que ela falou ao criador de Glee, Ryan Murphy, que ela tinha que voltar a trabalhar, sem dúvidas.

“Eles são minha família”, ela explicou. “O que as pessoas também não entendem é que ir trabalhar não é mais difícil que ficar em casa, abrir o guarda-roupa e ver um par de sapatos. A perda vai estar sempre com você, não importa o que você faça – quando forem bons momentos, quando forem momentos difíceis – então eu preferi trabalhar e estar com pessoas que eu amo e que também estavam passando por isso.”

“[Estar no set] obviamente tem os seus contras, mas no fim do dia eu me sinto tão a salvo ali”, ela disse. “É como eu disse, eles são minha família.”

Nós estivemos torcendo por ela a cada passo desse caminho, desde que ela lançou o primero album, Louder, em 2014; escreveu o primeiro livro Brunette Ambition; apostou no amor novamente com o agora ex-namorado Matthew Paetz; foi com Ryan Murphy de Glee para Scream Queens em 2015; e agora novamente, enquanto ela lança seu segundo album Places.

E enquanto ela falava sobre como Places se diferencia de Louder, no qual ela ainda estava trabalhando no momento que Monteith faleceu, continua a ser inesperadamente e incompreensivelmente forte na jornada pessoal que a levou a esse momento criativo e evolutivo.

“Eu me servi da maior taça de vinho tinto, eu coloquei Fleetwood Mac no meu vinil, eu acendi velas, e realmente comecei a rezar e a procurar por um sinal”, Michele contou a Billboard quando perguntaram como ela escolheu o nome do CD.

“Eu tenho esse livro incrível que eu ganhei da Stevie Nicks em 2013 quando meu namorado faleceu. Ela me deu esse livro onde ela escreveu notas através dos anos e letras de músicas, e então ela reescreveu notas pessoais para mim e uma delas dizia, ‘Continue cantando, e tenha fé'”.

Perdão pela nossa interrupção enquanto nós soluçamos durante uma hora.

“Eu estava olhando o livro e rezando para que a resposta estivesse ali, em algum lugar”, ela continuou. “E então havia algo ali que ela disse, ‘A única coisa que importa é você, e quem você é’. Isso é o que eu venho tentando fazer com esse novo album – só me conectar comigo e com o lugar de onde eu vim”.

Foi o melhor amigo de longa data dela, Jonathan Groff, quem pelo telefone, lá de Nova Iorque, sugeriu ‘Places’, o que a estrela de Hamiltom quis dizer foi uma referencia ao que os diretores dizem “Em seus lugares, todos!” quando um show está prestes a começar.

Sem entrar em detalhes ainda, Michele indicou que o relacionamento dela com Monteith vai estar em Places – e uma foto nunca vista dela e Monteith foi lançada como uma bomba de emoções quando ela compartilhou isso no Instagram mais cedo essa semana, em uma série de imagens estilizadas como Polaroides representando momentos (ou lugares) importantes na vida dela e que ela compartilhou até chegar o momento de anunciar o nome do album.

E enquanto os fãs estão empolgados que um novo álbum será lançado em breve, Michele está consciente que ela sempre terá suas críticas.

Mas considerando o que ela enfrentou para chegar até aqui, a artista de 30 anos não teve dúvidas ao fazer o album da maneira que ela quis fazer isso.

“Dane-se se as pessoas não gostarem disso“, ela disse a Billboard. “Essa gravação mereceu todo o meu tempo e cuidado, e o que eu planejo fazer esse ano”.

Michele também merece um tempo, já que Places parece cada vez mais o ponto alto de uma simples esperança dela após a morte de Monteith, o que é de alguma forma para mim a melhor reação possível dela.

“No começo, isso é difícil porque você está física e mentalmente chocada e machucada, mas depois de um tempo você se cansa de se sentir horrível fisicamente, e então eu comecei a fazer yoga, o que realmente me ajudou”, ela disse a Glamour UK seis meses após a morte de Monteith. “Então aos poucos sua mente alcança o seu corpo“.

“Agora eu me sinto um pouco melhor e eu tenho esse momento vago a minha frente, que é o que a minha vida pode ser. Tem algo triste sobre isso mas também tem algo bom, porque eu vou pegar cada momento vazio e fazer algo bom com isso”.

O comprometimento dela em ser fitness e completamente saudável levou ela até a capa da Shape e da Women’s Health UK. De fato, ela posou para a última completamente nua, a tatuagem “Finn” no quadril uma visível memória do motivo principal para ela focar em estar saudável.

“Nesse momento, eu me sinto fisicamente no meu melhor estado e emocionalmente no melhor momento”, Michele disse a revista. “Eu não sou perfeita. Eu não estou tentando me mostrar como a garota perfeita, mas eu me amo, com os meus defeitos e tudo”.

O novo momento musical dela foi conhecido na segunda de noite quando ela mostrou algumas músicas do Places durante um íntimo show no Hotel Café em Hollywood.

“Tem muitas músicas românticas nesse album, e elas são sobre vários tipos de amor“, Michele disse aos fãs antes de cantar a nova música chamada ‘Run To You‘. “E eu sou o tipo de pessoa que, quando eu me apaixono por alguém, eu faço tudo por ele. Eu atravesso o país por ele… e quando eu ouvi essa música, ela só me lembrou esse tipo de amor, onde você atravessa oceanos por essa pessoa“.

“Eu até já mandei ela para, como, três garotos em quem eu tenho um crush“, ela finalizou brincando, fingindo segurança. “Você é a única pessoa para quem eu mandei isso!”

A próxima parada dela é no Broad Theather em Los Angeles em 30 de janeiro – e depois disso – ela poderia ir a qualquer lugar.

:: Fonte: ENews
:: Tradução e Adaptação: Lea Michele Brasil